Atividades pedagógicas com palitos de fósforos- Professora Zizelda Brito

Este trabalho foi realizado no dia 26 de agosto de 2013, com a turma do 2º ano do ensino fundamental I, na escola comunitária Ascomchabagi, sob supervisão da professora Zizelda de Castro Brito.

Nesta ação foram contempladas, sobretudo, as áreas de matemática (dimensão geométrica e espacial: formas e linhas)  e língua portuguesa ( leitura, interpretação e produção textual ). Os principais objetivos a serem alcançados, em primeira instância, eram desenvolver a capacidade psico motoras das crianças; a oralidade; a criatividade e as habilidades em reconhecer e elaborar formas geométricas além de expressar-se através delas. Pois, assim como orienta os PCN’S “É possível aprender, tanto sobre a linguagem verbal quanto sobre as práticas sociais nas quais ela se realiza, por meio da troca interpessoal”[1].

Fomentar o trabalho com o lúdico como estratégia didática, favorece o aprendizado das crianças propiciando maior interação, cooperação, além de   fortalecer os vínculos e a relação interpessoal entre os alunos da turma do 2º ano.

Para a realização da dinâmica desta atividade com os palitos de fósforo, foi preciso antes, sensibilizar os alunos para a importância da reutilização dos objetos, sugerindo que recolhessem em casa os palitos já utilizados (antes descartados) e trouxessem para a escola. Esta etapa durou mais que o tempo previsto, pois muitas crianças não traziam os palitos em quantidade suficiente para fazer a tarefa, por fim algumas mães decidiram mandar para escola caixas de fósforos novas.

Chegado o dia da execução, iniciei a aula, sensibilizando a turma para o trabalho que faríamos, expliquei que eles receberiam uma caixa colorida com alguns comandos dentro, e que nós escutaríamos uma música, à medida que a música fosse interrompida, quem estivesse com a caixa nas mãos deveria retirar de dentro um papelzinho com um comando, então eles deveriam ler a orientação e executar (ex.: Escolha um amiguinho e forme, em sua mesa, dois quadrados e um triângulo, escolha um coleguinha e forme dois retângulos e um quadrado, etc....). Percebi que durante esta etapa da atividade os alunos se mostraram muito interessados, interagindo com o colega escolhido. Isso, de certo modo, favoreceu a criatividade e troca de ideias entre eles. Em um dado momento, observei que um pequeno grupo de alunos (uns três ou quatro) estavam riscando, nas caixas, os palitos novos tentando acender os fósforos. Aproximei-me, de maneira amena, e conversei com o grupo negociando a devolução das caixas, como alguns resistiam argumentei informado que aquelas caixas seriam muito importantes para a brincadeira que faríamos na aula do dia seguinte e que se estivessem danificadas não serviriam. Fiquei mais tranquila com as caixas em minhas mãos!

Após as crianças, brincarem de formar desenhos e figuras, conforme orientava as fichas retiradas da caixa, foram distribuídos materiais (papel sulfite colorido e pequenas porções de cola) para que colassem no papel o que haviam antes, criado em suas carteiras.

Ao final, todos nos reunimos em círculo e as crianças compartilharam com o colega o que produziram naquela manhã. Alguns preferiram manter os desenhos das figuras geométricas, mas a maioria preferiu mesmo foi desenhar objetos e coisas que gostavam e/ou faziam parte do seu contexto, como sol, estrelas, casas e etc. Cada aluno, que quis falar, teve a oportunidade de mostrar o seu trabalho e falar sobre suas escolhas. Os desenhos ficaram lindos! E todos nós nos divertimos muito durante a aula.

 

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[1] PCN´S, 1997, vol 01, p. 67