Como
fazer da rotina uma aliada
Prever,
passo a passo, as tarefas a desempenhar dentro e fora da classe ajuda a obter
os resultados esperados. Seus alunos agradecem
Daniela Almeida (novaescola@fvc.org.br)
Preparar
cada aula, organizar o material didático, levantar diferentes recursos para
ensinar um conteúdo e cuidar da ambientação da sala - sem abrir mão da formação
continuada. São muitas as atividades que constroem o dia-adia do professor.
Orquestrar todas com maestria é a chave para atingir os objetivos. Lúcia
Ferreira é professora do 2º ano na EMEF Chico Mendes, em Porto Alegre, e diz
que a rotina é fundamental para garantir o bom andamento das atividades (leia
no quadro abaixo um relato da professora sobre o papel da rotina em seu
trabalho). "Essa preparação é essencial para que a aula transcorra conforme
o esperado", diz Valéria Roque, da Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais e do Centro Universitário de Belo Horizonte. Confira a seguir
algumas das práticas mais eficazes para criar uma rotina que ajude a melhorar o
desempenho da turma.
Ter um jeito próprio de se organizar
Não existe certo ou errado quando se fala em rotina profissional. Cada professor precisa descobrir as ferramentas que melhor se encaixam ao seu estilo de trabalho. Pode ser um bloco do tipo agenda, um caderno tradicional ou um arquivo de computador.
Planejar com antecedência
Separar o material didático previsto para ser usado na semana seguinte e reservar um dia para rever o roteiro de atividades é sempre bom para garantir que nenhum detalhe seja esquecido.
Reservar espaço para estudar
Manter-se atualizado, tanto em relação aos conteúdos quanto à prática de sala de aula, é fundamental. Você pode fazer um mestrado, uma especialização ou apenas estabelecer uma rotina de estudos em casa (com muitos livros e pesquisa via internet). O que vale é crescer sempre.
Organizar o espaço
As atividades previstas para o dia serão desenvolvidas individualmente ou em grupos? Prever a melhor maneira de ambientar a sala de aula é o primeiro passo.
Compartilhar o planejamento
"Contar aos alunos o que será feito ao longo do dia é importante por dois motivos. Em primeiro lugar, porque eles ficam mais confortáveis, sem aquela euforia de 'o que será que vem agora?'. Depois, porque faz com que saiam da postura passiva de quem está sempre aguardando um comando", explica Karen Elizabete Nodari, coordenadora do núcleo de Orientação e Psicologia Educacional do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Definir as tarefas
Cada conteúdo exige um tipo de atividade (leia mais nesta reportagem). Enquanto os alunos produzem textos ou resolvem problemas, uma boa dica é circular pela sala, acompanhando a evolução de cada um. "Se você decide passar um filme, por exemplo, é essencial preparar um pequeno roteiro para a turma, com pontos a ser observados", diz Valéria Roque.
Prever atividades extras
Nem tudo sai conforme o previsto, certo? Portanto, ter na manga algumas tarefas capazes de envolver a turma é sempre bom. No dia-a-dia, isso vale também para aqueles alunos que sempre terminam tudo antes dos outros - mas não podem ser deixados de lado.
Antecipar a aula seguinte
Encerrar o dia informando o que será realizado no dia seguinte é uma ótima estratégia porque gera uma expectativa positiva e permite que os alunos se preparem melhor ao compreender que há continuidade no processo educativo.
Trocar idéias na escola
Reuniões com os colegas, a coordenação pedagógica e a direção são fundamentais para revisar o planejamento e encaminhar as questões mais relevantes.
Pensar grande
"É preciso ter uma visão de conjunto para poder planejar a rotina diária", resume a professora Lúcia, de Porto Alegre. "Mecanismos de registro ajudam muito nesse sentido. Alguns preferem escrever, outros preferem fazer esquemas. Só não pode mesmo é fazer tudo de cabeça."
"É PRECISO
DEIXAR TUDO ORGANIZADO"
Confira
a seguir o depoimento da professora Lúcia Ferreira, que leciona para o 2º ano
na EMEF Chico Mendes, em Porto Alegre, sobre a importância da rotina para suas
atividades diárias.
"Chego
todo dia às 7h20 na escola. Pego o caderno de chamada e vou para a sala de
aula, conferir se o espaço está organizado da forma que eu preciso. Quando toca
o sinal, às 7h45, vou ao pátio buscar a turma. Pergunto como passaram o dia
anterior, faço a chamada e apresento como será o dia. Todos escrevem a data no
caderno e anotam a sequência de atividades previstas. Só então dou início às
tarefas: leitura, escrita, desenho etc. Como em qualquer turma, cada aluno
trabalha num ritmo próprio. Alguns não conseguem acompanhar o andamento,
precisam de incentivo e auxílio constantes. Outros terminam tudo rapidamente.
Esses, eu uso como monitores, para auxiliar os colegas. Logo após o recreio,
costumo propor tarefas mais lúdicas e calmas porque a gurizada volta do pátio
sempre agitada. Às 11h30, meia hora antes do fim da aula, todos recolhem os
materiais usados. Faço uma avaliação do que fizemos e aponto como será o dia
seguinte. Se algum trabalho não foi concluído, gosto de lembrar o que falta
fazer. E é importante lembrar se haverá aula de Informática ou Educação Física,
por exemplo. Em casa, começa o que eu chamo de segundo tempo. Registrar os
eventos mais importantes, ajustar o planejamento, criar atividades para os mais
adiantados. No meu caderno, tenho a semana inteira prevista porque é preciso
deixar tudo organizado para que a turma toda avance."
Equipe Pacto-2014
Vera Cruz BA
Os textos selecionados podem contribuir consideravelmente para a prática dos professores alfabetizadores, pois são objetivos e pertinentes. Sucesso nessa nova etapa!
ResponderExcluirSe os profissionais docentes realmente utilizarem as ferramentas disponíveis nos cadernos do Pacto, verão o sucesso que obterão na sua prática pedagógica. Os ambientes alfabetizadores são preparados com o objetivo de levar o educando ao letramento e alfabetização. Sucesso pessoal !!!
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